Como é a vida de um ateu?
Definição de ateu, segundo a Wikipédia:
O ateísmo ou ateía (não confundir com atéia, feminino de ateu) em um sentido lato, refere-se à descrença em qualquer Deus, deuses ou entidades divinas.
Eu sei que assunto relacionado a religião é “terreno minado”, e exatamente por isso milhares foram, são, e serão mortos. Esse é o grande problema das religiões. Se fosse coisa boa, só existiria uma e ninguém morreria por ela.
Sendo assim, vou falar como é viver sem ter nenhuma.
A vida de um ateu.
Um ateu acorda na hora que tem que acordar. Ele não se curva pra lugar nenhum em nenhuma hora do dia a não ser para pegar algo que tenha caído no chão. Ele não tem hora marcada pra falar com Deus. Afinal, Deus é invenção de homens. E como tal, tem falhas. E são falhas enormes. E por serem falhas enormes não podem ser consertadas. No máximo remendadas. E remendo não presta. Seria melhor começar do zero. Mas agora é tarde. A mentira se espalhou de tal forma que é impossível zerar.
Sendo assim, o ateu não se preocupa com religião, com maldições, com milagres, com arrebatamentos, com virgens no paraíso.
Ele se preocupa com o aqui e agora. Ele se preocupa com as contas, com os compromissos de trabalho, com as pessoas que estão a sua volta. Já são muitos os problemas diários, e ele não quer arrumar mais alguns indo a uma igreja/templo.
O salário é suado, difícil de ganhar, complicado manter. E dez por cento fazem falta.
Agora, um pouquinho de um assunto interminável...
As maiores religiões do mundo e seus livros sagrados são:
Cristianismo: Bíblia
Judaísmo: Torá e Bíblia
Bramanismo: Mahabharata
Hinduísmo: Rig-Veda
Islamismo: Alcorão
Então o ateu, que é um “bom ateu”, e que se informou sobre as religiões antes de se decidir a não seguir nenhuma delas, não entende umas coisas.
Coisas que não fazem sentido algum:
Tendo a Bíblia como primeiro livro lido, não há como aceitar certas "idéias" contidas ali.
“Jesus é o filho de Deus, e morreu na cruz para salvar todos nós.”
“Seguir seus passos garantirá a vida eterna”
“Ele morreu na cruz para expiar nossos pecados”
Então uma pessoa que veio do Onisciente, Onipresente, Onipotente morre para “nos salvar”. Nos salvar de quê? Como alguém morre no ano 33 e eu aqui em 2008 fui salvo?
No mínimo sem sentido.
Seguir os passos de Jesus o levará a morte aos 33 anos.
Ele morreu na cruz para expiar os pecados de quem nem tinha nascido?
Muito bonito, mas ainda sem sentido.
Não estou aqui dizendo que a Bíblia é toda assim, sem nexo e complicada, com ensinamentos que dão margem a interpretações diversas. Tem muita coisa direta nela. E é DIRETA MESMO. Estilo soco na cara.
Basicamente, a Bíblia é isso:
“Ou segue o que eu digo, ou todas as maldições do mundo cairão sobre você e seus descendentes.
Sem margem a interpretações diferentes. É isso. Ameaçar e converter.
Pra mim, não serve. E pra você?
O Alcorão vai pelo mesmo caminho, ou até pior, pois prega que quem não é seguidor de Alah é infiel e merece a morte. Sem comentários. Não dá pra engolir uma religião que trata quem pensa diferente como o inimigo a ser combatido e morto.
E aonde morrer matando o maior número de infiéis é honroso e recompensador, com aquele papo aranha de virgens no paraíso? Só faz sucesso mesmo nos desertos do oriente médio, aonde o sol cozinha os miolos e o cara aceita tudo isso achando bom negócio.
Lembrando que eu lí os livros sagrados. Não aceito pensarem por mim para decisões sobre a minha vida. Tenho um cérebro, e é pra ser usado.
Vamos pro Bramanismo, aonde o Mahabharata, que pode ser considerado um verdadeiro manual de psicologia-evolutiva de um ser humano é uma obra imensa, humanamente impossível de ler por completo, mesmo porque é difícil encontrar as traduções de todos os livros (acredito que ainda não exista de todos) mas que tem sub-divisões como o Bhagavad Gita, aonde dá pra ter uma idéia de leve do que se propõe a ensinar.
O complicado do Bramanismo são os nomes das coisas, que para ocidentais não fazem sentido algum, mas para eles, são coisas do dia-a-dia. São ensinamentos extensos, interessantes e muito bem escritos, mas falta aquela simplicidade de sempre dos textos sagrados. São complicados de entender e também dão margem a interpretações diversas.O Bhagavad Gita narra a preparação de Arjuna para a guerra, na qual seria auxiliado por Krishna. O texto demonstra de forma clara o poder destrutivo de diversas armas de destruição em massa, que foram utilizadas por Arjuna na batalha.
Logicamente para que esse texto seja bem compreendido ele deve ser interpretado e transformado em ensinamentos de valor moral. Mas do jeito que está, só parece um monte de bravatas de guerreiros que tem o poder de destruir tudo e todos. Não é de fácil compreensão e como eu disse antes, dá margem a diversos modos de entendimento.
Parece que a idéia de existir textos sagrados é complicar para confundir.
Se fosse coisa de alguém que quisesse o bem de outros, que quisesse ser compreendido rapidamente sem sombra de dúvidas, escreveria ou falaria claramente o que é certo e o que é errado. Mas quem disse que a idéia era essa?
É complicado propositalmente.
Já o Hinduísmo e seu Rig-Veda é basicamente um livro de cânticos em honra aos deuses hindús. Muitos ensinamentos interessantes, também bastante extensos e antigos. As mais antigas passagens do Rig-Veda referem-se aos três deuses védicos, Indra, Mitra e Varuna, e recordam a luta épica dos arianos védicos com os habitantes originais. Novamente parecem narrativas de heróis de guerra. E guerra não serve a elevação “espiritual” de ninguém.
Conclusão a que cheguei após ler muito sobre muitas religiões.
Seus livros sagrados são feitos para confundir, impedir a compreensão fácil e tornar seus seguidores ovelhinhas sem vontade própria. Toda e qualquer pessoa que se propuser a ler esses mesmos livros, utilizando imparcialidade e mente aberta, vai perceber coisas estranhas que não fazem o menor sentido.
O texto já está enorme, e tenho dúvidas que os leitores tenham chegado até aqui.
Mas já está acabando.
Pelo menos, o post de hoje está.
O assunto não. E voltarei a escrever sobre ele brevemente.
Sendo assim, eu resolvi que vou criar a minha própria religião.
Não posso? Claro que posso.
A minha se chama VIVA O MELHOR QUE PUDER!
Junte-se aos ateus.
Temos “mandamentos”:
Seja correto em suas ações.
Não aceite nada sem questionar.
Ajude quando for possível ajudar.
Não espere nada cair do céu.
Não se sacrifique, nem sacrifique ninguém por nada.
Tem alguma idéia pra um “mandamento”?
Fique à vontade.
Nada é definitivo na minha "religião".
Ah sim, importante! Não quero 10% de seus ganhos. Caso faça questão, transforme esse dinheiro em comida, brinquedo e roupas, e saia pelas ruas de sua cidade distribuindo a quem precisar. É muito mais útil do que ficar construindo igrejas/templos por aí e verdadeiramente estará sendo utilizado para o bem.
A vida já é bastante complexa pra eu ter que ficar pensando no que vem depois da morte.
Quando o depois chegar, e eu souber o que esse “depois” é, farei o meu melhor nessa outra fase também.
E por favor, nos comentários, evitem me ameaçar de “fogo eterno”, “doenças”, “se converter pela dor”, “quando você precisar vai chamar por Deus” ou qualquer outra forma de persuasão pela força.
Não acredito em nada disso.
E fiquem com essa tirinha, que achei perfeita para a teoria do que pode ter sido o início das religiões.
Não sei o autor.
Me passaram ela pelo e-mail sem citar a fonte. Se alguém souber de quem é, informe nos comentários e darei os créditos e link.