A internet e a permissão ao analfabetismo

Uma de minhas maiores brigas é quanto ao relaxamento das pessoas ao escrever na internet. Seja em blogs, msn, e-mails ou qualquer outra forma de comunicação escrita, a norma culta da língua é esquecida em favorecimento da chamada “velocidade de digitação”, que por ser totalmente errada, não é vantagem pra ninguém.

Eu vejo cada atrocidade sendo cometida na internet que se eu ganhasse um fio de cabelo branco pra cada uma eu seria chamado de Gandalf, o mago branco.










Gandalf não gosta de miguxês


Não é que você, que acessa a internet e digita rápido, tenha que ser um professor Pasquale da escrita correta, mas convenhamos que escrever em miguxês, tiopês, analfabetês e etc, não é de longe estilo literário. É preguiça mesmo.

Colocar acento em palavras não é opcional! É básico! Da mesma forma, abreviar palavras como porque para pq, abraços para abrç, e outras bizarrices, só piora seu aprendizado (que devo ressaltar, nunca é demais aprender a própria língua) em português.

Grande culpa disso está na escola, que deveria sofrer um processo de reciclagem total dos métodos de ensino, que estão arcaicos e deveras obsoletos (gostaram do deveras?).
Na escola, só se lê valendo nota. Não se estimula o prazer da leitura com textos simples e diretos, para depois sim, avançar para as grandes obras literárias brasileiras.
Já te enfiam pela goela um texto enorme, que para crianças não faz sentido algum, e que será esquecido no segundo seguinte ao término da prova sobre o mesmo.

Por isso temos pessoas falando “pobrema”, escrevendo "conCerto" como sinônimo de reparo, ou até utilizando expressões como “à nível de”, “elo de ligação”, “ subir pra cima”, etc.

Exemplos da falta de leitura na infância.

Intruder é leitor de bula de remédio compulsivo.